Os estigmas da psoríase

A pele é o maior órgão do corpo e as alterações nessa área são facilmente visíveis.

Muitos casos dermatológicos têm impacto bem significativo na autimagem e na autoestima, exercendo influência nas relações interpessoais. Por ser pouco divulgada, a psoríase é uma dessas doenças que incomodam muito pelo aspecto das lesões na pele. Apesar de não ser contagiosa, é crônica, e a falta de informação a respeito ainda é muito preocupante.

Em função disso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia, atenta ao problema, tem incentivado campanhas nacionais de conscientização para esclarecer a assumir, detalhar sobre sintomas, conduzir para a busca de tratamento eficiente e garantir melhor qualidade de vida aos pacientes. Estima-se que 3% da população mundial e 2 milhões de pessoas no Brasil são acometidas pela psoríase, que atinge indiscriminadamente homens e mulheres de qualquer idade, sendo mais frequente na faixa entre 20 e 40 anos.

As marcas mais comuns são manchas avermelhadas que descamam, soltando “casquinhas brancas”. Tipicamente, ocorrem no couro cabeludo, cotovelos e joelhos, mas é possível surgir em qualquer outra área. Suas causas envolvem fatores genéticos e o estresse, o cigarro e o uso de álcool.

Pode ser também provocada por algumas infecções — de garganta, por exemplo. Em algumas pessoas, pode não ser identificada nenhuma causa.

Por isso, ao surgimento de manchas, o assunto deve ser levado com urgência ao dermatologista. A psoríase foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde como uma enfermidade crônica, incapacitante, não transmissível, dolorosa, desfigurante e ainda sem cura. O que aumenta a conscientização e desperta mais atenção quanto à necessidade de ações e aos cuidados.

Entre as medidas que podem ser controladas está o controle do estresse, uso regular de cremes hidratantes e de medicamentos tópicos e fototerapia — em consultório ou em cabines domiciliares. Em casos mais avançados, o tratamento oral ou injetável pode ser indicado. O acompanhamento médico é fundamental para o controle da doença.

Artigo de Tatiana Basso Biasi, Médica dermatologista, publicado no jornal Diário Catarinense (19/11/2026).

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Publicado em 19 novembro de 2016

Categorias:
Dermatologia Clínica, Mídia, Psoríase