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Fototerapia é eficaz no tratamento do vitiligo
27/09/2016
A fototerapia é uma das principais opções de tratamento para quem sofre de vitiligo. A doença é comum, atingindo cerca de 1% da população, e ainda existe o estigma de que não tem tratamento. Entretanto, com a fototerapia é possível tratar a diminuição ou falta de pigmentação da pele melhorando substancialmente e interferindo positivamente na qualidade de vida dessas pessoas.
A fototerapia busca estacionar a progressão e promover a repigmentação da pele através da exposição das áreas afetadas à radiação ultravioleta. O tempo que o paciente é mantido em contato com os raios varia de acordo com o tipo de pele e outros fatores, assim como a duração do tratamento, que tende a ser prolongado. Existem vários estudos científicos que demonstram a eficácia e a segurança da fototerapia no tratamento de inúmeras doenças de pele, entre elas o vitiligo. É um tratamento já bem conhecido e estabelecido para o vitiligo, sendo realizado em diversos países.
Com a evolução do conhecimento científico, a fototerapia também evoluiu e surgiram modalidades mais seguras e de administração mais simples, como foi o surgimento dos equipamentos que emitem UVB de banda estreita. Este tipo de luz, hoje é considerado a melhor escolha para tratamento do vitiligo, pois os estudos demonstram superioridade de resultados, comparados às terapias anteriormente disponíveis.
Quando começar a fototerapia
O quanto antes a fototerapia for iniciada, maiores são as chances de recuperar a pigmentação da pele nas áreas afetadas. Por isso é tão importante procurar um dermatologista ao primeiro sinal de vitiligo.
O único sintoma da doença é o surgimento de manchas brancas na pele. Estas áreas de pele com manchas são mais susceptíveis à queimadura solar.
Normalmente as manchas aparecem nos dois lados do corpo, primeiro nas extremidades (mãos, pés, nariz, boca). O surgimento das lesões em apenas uma parte do corpo é menos comum e é conhecido como vitiligo segmentar.
A existência de casos da doença na família exige um cuidado maior com a pele. A genética é um dos fatores predisponentes para o vitiligo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em cerca de 30% dos casos há um histórico familiar da doença, o que torna fundamental os parentes de indivíduos afetados realizar uma vigilância periódica da pele e recorrer à dermatologista caso surjam lesões de hipopigmentação, a fim de detectar a doença precocemente e iniciar cedo o tratamento.
Em pacientes com diagnóstico de vitiligo, deve-se evitar o uso de vestuário apertado, que provoque atrito ou pressão sobre a pele para não precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Diminuir a exposição solar e controlar o estresse são outras medidas que fazem parte dos cuidados necessários para impedir o aumento das lesões na pele.